Hoje morreu Isaac Díaz Pardo e Galiza ficou de súpeto mais fraca, mais cativa, mais famenta de formas e de pensamentos. Menos país. É impossível fazer-lhe justiça em poucas palavras, assi que nem o tentarei. Outros que conhecérom mais a fondo a sua vida e a sua obra já o estám a fazer, como deve ser. Eu conhecim a sua persoa moi novinho, por ter vivido perto da sua fábrica do Castro, em Sada. Era uma excursom obrigada quando ia ao colégio em Mondego, na EGB. Tratavam-nos moi bem, amosavam-nos a fábrica e deixavam-nos trebelhar com os tornos dos alfareiros, para fazer figuras que despois coziam para nós. Mas o melhor era quando no colégio faziamos concursos literários e artísticos com o galho do dia das Letras Galegas. Eram cousas de cativos, mas os de Sargadelos (ou seja Isaac) apoiavam-nos com entusiasmo. Cada ano elegiam um desenho de entre os apresentados polos alunos, e usavam-no para fazer as medalhas com as que se premiava aos ganhadores dos concursos de poesia, relato, etc. No dia das Letras adicado a Álvaro Cunqueiro eu tinha 11 anos e debuxara um animal fantástico inventado por D. Álvaro, o Gatipedro. Já podedes imaginar a minha ilusom quando escolhérom o meu desenho para as medalhas de aquel ano. Foi daquela, seguramente, quando escuitei falar por primeira vez do Isaac Díaz Pardo. Com o tempo fum aprendendo mais cousas sobre el e sobre a sua trajectória, excepcional em tantos sentidos. Mas como já dixem, seria absurdo que eu tentasse resumi-la agora, assi que nom direi mais nada. Até sempre, Isaac. Moitas graças por todo. Obrigado. Que a terra che seja leve.
Coda: De entre os muitos textos que saírom após a sua morte, recomendo este d'O Rivas com o título de O segredo de Isaac, assi como o de Pepe Barro, Misión e Produción. Som complementários (o primeiro está centrado na vida e arte, o segundo na empresa e o desenho) e fôrom publicados em El País. Boa leitura!
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