A semana passada, a revista satírica El Jueves foi seqüestrada por orde da "justiça" espanhola (lea-se, Del Olmo & Conde-Pumpido). As duas associações de magistrados, a conservadora e a "progresista" (nom se riam) respaldárom a medida. O governo espanhol (PSOE) justificou-na por boca de Mª Tsa. Fdez. D La Vega (que, por certo, estava numha convençom dos cachorros do PSOE, esses que gostam de chamar-se "nuevos rojos", suponhemos que serám da facçom estalinista e nom lerám El Jueves). O PP, pola boca de Acebes, criticou a medida, mas por improdutiva, ao ter, segundo eles, o efecto contrário ao buscado.
Em fim, todo isto... por que? Bom, pois por umha portada na que (ao igual que no resto do número) se criticava a ajuda de 2500 € por neno prometida polo governo Zapatero. Nom se pode criticar ao governo, entom? Que va, isso é o de menos: o grave da portada era, polo visto, o feito de amosar a parelha principesca em atitude de fornício -e isso que nom lhes debuxárom os órganos sexuais, senom, já vejo penas de cárcere-; ademais de insinuar que, vaia, nom se matam trabalhando.
O asunto, por suposto, criou um grande escándalo, como nom podia ser menos. Folga dizer que em Outra Esquerda estamos coa liberdade de expressom -coa de verdade- e apoiamos El Jueves que, por outra banda, nos tem proporcionado moitas gargalhadas ao longo da sua história. Mais nom por isso quereriamos deixar de sinalar que esta decissom, se bem alporizante e própia doutros tempos, é tamém plenamente coerente coa natureza do Estado Espanhol -que é tamém própia doutros tempos. Efectivamente: cómpre nom esquecer que vivemos numha Monarquia, e que isso implica certas diferências com umha República, nom apenas o feito de nom poder elegir o chefe do Estado. Numha Monarquia, a família Real é intocável; de nom ser assi, o Estado perderia a sua legitimidade. Está por riba de todo e nada se pode fazer contra ela, nem sequera critica-la. Estamos afeitos a que a auto-censura existente no 99% dos meios oculte esta realidade, mais de quando em vez xurde um feito coma este que no-lo lembra. Neste sentido, bemvidas sejam estas novas que, aínda que lamentáveis, fam que tomemos consciência de -como diriam Kortatu- "el estado de las cosas".
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Monarquia espanhola? Melhor república galega!
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Um comentário:
Parece ser que agora -ante a magnitude das protestas- a vicepresidenta rectifica e móstrase crítica coa censura (xa sabedes, por todo iso de "ter o efecto contrario ó desexado)
Por certo que o website da revista xa funciona con normalidade, e que o galego Kiko da Silva é o autor da irónica frase "El Jueves: la revista que censuran los viernes" que aparecerá no próximo número da revista.
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