sexta-feira, 18 de abril de 2008

A polémica dos agrocombustíveis (I)



Num post anterior figemos umha primeira incursiom no tema dos agrocombustíveis. Esta última semana a questom saltou ao primeiro plano da actualidade devido à conferência da FAO, às declarações do FMI e o BM, e finalmente à intervençom de Lula. Umha excusa inmelhorável para confrontar pareceres. Começamos com isto e em breve ofereceremos o resto.



La Voz, 15-04-2008 - Escalada nos preços dos alimentos


OS AGROCOMBUSTÍVEIS SOM UM “CRIME CONTRA A HUMANIDADE”, SEGUNDO A ONU

A Uniom Europea suprimirá as subvenções para os cultivos destinados a produzir carburantes verdes


Natalia Bore


Enquanto que onte no Brasil começavam as reuniões técnicas preparatórias para a trigésima ediçom da Conferência Regional da Organizaçom das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentaçom (FAO), que manhã será inaugurada oficialmente, ao outro lado do oceano o relator especial da ONU para o Direito à Alimentaçom, o suíço Jean Ziegler, declarava que a produçom em massa de biocombustíveis «é um crime contra a humanidade».

A sua afirmaçom, fundamentada no impacto que o cultivo de cereais para este tipo de carburantes tem nos preços mundiais dos alimentos, suma-se às vozes de alerta que a fim de semana passada lançaram outros organismos, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. Os seus últimos estudos desenham um terrível futuro no qual os elevados preços se traduzirám em cem milhões de pobres mais no mundo, o que ameaçará a paz, como ocorreu já em países como Haiti, o Egito, a Indonésia, o Madagascar, a Mauritânia ou as Filipinas.Ziegler advertiu que o mundo se encaminha «para um período mui longo de distúrbios» e conflitos derivados da escassez de alimentos e da imparável escalada dos seus custos, que será -assi como a sua relaçom com os biocombustíveis- um dos assuntos centrais que tratará a Conferência regional da FAO para a América Latina e o o Caribe, que se realiza em Brasília.

Mália que o uso de cereais para produzir biocarburantes nom é o único fator que causou o desmesurado encarecimento dos alimentos, si tivo um efeito determinante, pois por primeira vez o consumo humano tem competência.

Ante esta situaçom de crise global, o ministro francês de Agricultura, Michel Barnier, propujo onte em Luxemburgo, no transcurso de umha reuniom com os seus homólogos da Uniom Europea, a adoçom de medidas orientadas a reforçar a agricultura comunitária e a aumentar a ajuda para esse setor nos países mais pobres. «É necessário produzir para alimentar», sublinhou Barnier, em referência à competência do cultivo para biocombustíveis.

Mais, apesar às críticas, a UE, que si suprimirá as subvenções aos cultivos destinados à produçom de biocarburantes, nom tem previsto modificar nem suspender os seus projetos baseados nesta fonte de energia alternativa.

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